Tomas Transtromer homenageado pela Fundação José Saramago
Por Leonel Lopes Gomes
A Fundação José Saramago organizou uma sessão de homenagem a Tomas Transtromer que, este sábado, vai receber, das mãos do rei Carlos Gustavo, da Suécia, o Prémio Nobel da Literatura 2011.
A cerimónia decorreu no Espaço «Ler Saramago, o essencial do Nobel», na Biblioteca Municipal Palácio das Galveias, em Lisboa, um espaço que era muito familiar para José Saramago.
«Voltei hoje à Biblioteca Municipal do Palácio das Galveias ali no Campo Pequeno, onde comecei realmente a aprender a ler», escreveu o Nobel português num texto publicado nos Cadernos de Lanzarote, Diário V.
Uma iniciativa que cumpriu um dos desígnios de José Saramago aquando da criação da fundação: defender e divulgar a literatura contemporânea e promover a agitação cultural, explica Pilar del Río, viúva do escritor e presidente da fundação com o nome do Nobel português.
«Este homem merecia um esforço por parte da fundação. Tomas Transtromer é um grande poeta e ser humano. Não é possível separar a pessoa da obra. Além disso, vimos que não é muito conhecido em Portugal e então decidimos organizar esta sessão», afirmou.
A sessão de homenagem ao autor sueco foi conduzida pelo poeta e director da Fundação José Saramago, José Mário Silva, conhecedor da obra de Transtromer, e pela jornalista Raquel Marinho, dinamizadora do projecto Avenida de Poemas, que no final falou a A BOLA sobre esta sessão literária:
«É uma alegria poder participar nesta homenagem porque o Tomas Transtromer é um grande poeta e este prémio era aguardado há muitos anos pelos suecos. Decidimos homenageá-lo na véspera (de receber o Nobel. Pareceu-nos o timing certo.»
Tomas Transtromer
Tomas Transtromer é um amigo da música, dos versos, das causas belas, o sueco que não fala nem se movimenta mas que comunica com o olhar e que com ele é capaz de trazer beleza ao mundo.
Tomas Transtroemer, 80 anos, hemiplégico – doença que paralisa metade do corpo - há mais de 20 anos devido a um acidente vascular cerebral, que o fez perder a fala, é um dos autores escandinavos mais conhecidos internacionalmente e cuja obra já foi traduzida em mais de 60 línguas.
«É um poeta que se debruçou sobre as grandes questões que inquietam o homem: questões existenciais e a natureza. É um poeta que tem belas metáforas para escrever a poesia, metáforas muito originais», observa Raquel Marinho.
Festejar Saramago 13 anos depois
10 de Dezembro de 1998. Dia em que José Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em Estocolmo.
13 anos depois, a obra do autor português continua a ser actual.
Fotos de António Azevedo/ASF
A Fundação José Saramago organizou uma sessão de homenagem a Tomas Transtromer que, este sábado, vai receber, das mãos do rei Carlos Gustavo, da Suécia, o Prémio Nobel da Literatura 2011.
A cerimónia decorreu no Espaço «Ler Saramago, o essencial do Nobel», na Biblioteca Municipal Palácio das Galveias, em Lisboa, um espaço que era muito familiar para José Saramago.
«Voltei hoje à Biblioteca Municipal do Palácio das Galveias ali no Campo Pequeno, onde comecei realmente a aprender a ler», escreveu o Nobel português num texto publicado nos Cadernos de Lanzarote, Diário V.
Uma iniciativa que cumpriu um dos desígnios de José Saramago aquando da criação da fundação: defender e divulgar a literatura contemporânea e promover a agitação cultural, explica Pilar del Río, viúva do escritor e presidente da fundação com o nome do Nobel português.
«Este homem merecia um esforço por parte da fundação. Tomas Transtromer é um grande poeta e ser humano. Não é possível separar a pessoa da obra. Além disso, vimos que não é muito conhecido em Portugal e então decidimos organizar esta sessão», afirmou.
A sessão de homenagem ao autor sueco foi conduzida pelo poeta e director da Fundação José Saramago, José Mário Silva, conhecedor da obra de Transtromer, e pela jornalista Raquel Marinho, dinamizadora do projecto Avenida de Poemas, que no final falou a A BOLA sobre esta sessão literária:
«É uma alegria poder participar nesta homenagem porque o Tomas Transtromer é um grande poeta e este prémio era aguardado há muitos anos pelos suecos. Decidimos homenageá-lo na véspera (de receber o Nobel. Pareceu-nos o timing certo.»
Tomas Transtromer
Tomas Transtromer é um amigo da música, dos versos, das causas belas, o sueco que não fala nem se movimenta mas que comunica com o olhar e que com ele é capaz de trazer beleza ao mundo.
Tomas Transtroemer, 80 anos, hemiplégico – doença que paralisa metade do corpo - há mais de 20 anos devido a um acidente vascular cerebral, que o fez perder a fala, é um dos autores escandinavos mais conhecidos internacionalmente e cuja obra já foi traduzida em mais de 60 línguas.
«É um poeta que se debruçou sobre as grandes questões que inquietam o homem: questões existenciais e a natureza. É um poeta que tem belas metáforas para escrever a poesia, metáforas muito originais», observa Raquel Marinho.
Festejar Saramago 13 anos depois
10 de Dezembro de 1998. Dia em que José Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em Estocolmo.
13 anos depois, a obra do autor português continua a ser actual.
Fotos de António Azevedo/ASF
23:32 - 09-12-2011
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